segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Discursos Espirituais - Evolução em Direção à Perfeição III


A escuridão da noite evolutiva começou a se dissipar séculos atrás, quando a primeira criatura, semelhante ao macaco, abandonou seu reinado de galhos e começou a vagar sob a luz das planícies. Ele era guiado por algo que não podia compreender: algo que não fazia parte de sua natureza símia, algo inacessível aos seus camaradas. De alguma forma, em alguma parte da sua borbulhante química corporal, algo mudou. No seu cérebro foi lançada a semente de humanidade; em seus olhos, estranhamente brilhantes, surgiu a sombra de sonho oculto. O tempo passou lentamente. As novas criaturas se desenvolveram e multiplicaram-se. As maravilhosas mudanças em seus corpos e mente continuaram; seus cérebros, nervos e sistemas glandulares aumentaram em complexidade e especialização. Novos padrões de comportamento desenvolveram-se e, após algum tempo, emoções e sentimentos desconhecidos e negados a todas as formas prévias de vida encontraram seus meios de expressão. A alvorada da humanidade foi alcançada naquela hora auspiciosa. As ondas de pensamento, geradas por aquela primeira expressão humana, estão vibrando até hoje na mente inconsciente de cada ser humano. Cada um de nós carrega, dentro de si, a lembrança oculta daquela primeira alvorada, e até antes dela, dentro da escuridão da antiguidade. Nós estamos, por meio desta memória primordial, que faz parte da nossa herança humana, intimamente conectados a todas as formas de vida.

(Supreme Expression I - Shrii Shrii Ánandamúrti)


Foto: Berçário de estrelas - Nasa

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