Foram anos sem escrever uma só linha neste Blog que
eu criei com tanto amor.
O último post foi em 2012. Ano da gestação da Maria Theresa! Sobre o por que da ausência prolongada...não sei exatamente a resposta.
O último post foi em 2012. Ano da gestação da Maria Theresa! Sobre o por que da ausência prolongada...não sei exatamente a resposta.
Ainda me pergunto e não encontro respostas precisas...
Encontro um apanhado de supostos motivos, como a
gestação da filha nova, Apometria e revivências full time, os outros filhos
crescendo e demandando tempo com suas necessidades educacionais,
psicológicas e espirituais, mudança de bairro, outra mudança de bairro, início
de outra graduação, filhos que partiram deste plano, muito sofrimento, vazio, muito
perrengue sem grana, mergulho no universo dos mantras e dos terços, o casamento
que se provou como um encontro de almas, trabalho intenso, muitas alegrias,
saúde capenga, necessidade de aproveitar cada minuto, outra mudança de bairro,
início de uma Formação em Yoga, uma pneumonia, primeiras aulas de Yoga, mudança
de cidade...finalmente o primeiro lugar no concurso (os ares do litoral me
renovaram), Formação em Yoga concluída, muitas transformações, superação do
medo de dirigir, o despertar para o Sagrado Feminino através do grupo do curso
de Yoga e da minha filhinha que, aliás, trouxe Luz à minha perda pelas
filhas mais velhas, retomada na conexão com a Mãe Terra, in love com o Oceano, Xamanismo,
minhas Luas, muitos aprendizados...mais trabalho intenso, reorganização da
saúde, revendo alimentação, deixando definitivamente o leite e depois o glúten,
aprendendo sobre Radiestesia, anos difíceis, anos tântricos, anos lindos de
transcender...
Entre idas e vindas da vida, nestes 5 anos intensos, eu nada consegui escrever...vazio,
vazio, vazio...
Senti que algo dentro de mim havia se esgotado, havia se esvaído. Senti que nada mais tinha para falar. E quando vinha alguma coisa, o que até aconteceu muitas vezes, eu negava. Negava de tal modo que poucos minutos depois eu acabava esquecendo. Deixava de lado e não escrevia. Tinha uma parte minha que não queria fazer aquilo. Que não queria se expressar. Não queria se mostrar. Uma parte que queria se esconder. Existe a expressão engolir sapos para quando deixamos de dizer aquilo que deveríamos dizer, aquilo que nos incomoda...mas não sei como se diz quando se engole a escrita que veio e que não deixamos fluir...engolindo ideias? Engolindo letras?
Pode ser. Não sei mesmo. Só sei que não conseguia mais escrever...ou melhor, não queria escrever.
Minha intuição me disse muitas vezes "escreve mulher", "te liberta"...mas eu neguei mesmo assim.
Talvez fosse hora de aquietar a caneta já que a mente e o coração transbordavam com todos os tipos de sentimentos e emoções.
O fato é que de uns dias pra cá eu comecei a lembrar do Blog...o meu, o nosso Mafuá. E sei lá eu por que hoje, que aliás, foi um dia péssimo, recheado de más notícias, eu estava no trabalho, onde não costumo acessar coisas pessoais, quando me veio o pensamento de que eu devia abrir o Blog. E eu abri.
Quando vi as imagens, as cores e li os textos, fui tomada por uma emoção muito bonita e sincera. Chorei! Não sei bem explicar por que, mas chorei. Senti uma coisa tão boa...aquele chamado "escreve mulher" veio com muita força. E me rendi.
Reativei o Blog já quase perdido e esperei chegar em casa para concluir a tarefa de reiniciar meus escritos, reorganizar meus alfarrábios.
Tive uma noção exata das mudanças quando comecei a ler as postagens antigas e perceber como alguns pensamentos e atitudes ali representados já não fazem mais parte de mim. Isso que gosto no escrever. Me vejo em cada texto. Vejo quem eu era, como eu era, e percebo o que em mim deixou de existir. Vejo o que em mim deixou de fazer sentido. Na medida que me reinvento eu reinvento minha escrita que é parte de mim.
Bom, aqui estamos. Não sei onde vai dar, não sei se quero que dê em algum lugar. Mas sei que preciso escrever. Sei que agora não sinto mais receio de me expor, sei que nesses 5 anos muitas coisas mudaram e que estou pronta para recomeçar e me entregar a este prazer e catarse que é a escrita para mim.
Andiamo, que o tempo é curto!
Andiamo, que a Luz do Tantra me mostra o caminho.
Andiamo, que os ares do litoral me enchem de
energia...
Andiamo, allez, sigamos...é o que temos para o
momento!