terça-feira, 22 de março de 2011

Indiscutivelmente... Elvis (parte 2)

Essa música é tão especial, não somente por ser do Elvis (e isso já é um grande motivo para amá-la), mas por ser do Elvis e por ser uma das músicas mais românticas que ele teve a felicidade de cantar e que, de todas, é a minha preferida... ela é a que eu mais canto para o meu bem, uma, duas, três vezes, e ainda ouço no player quando estou no ônibus enquanto agradeço profunda e intimamente a Deus por ter me dado o privilégio da audição, que me permite sonhar, que me permite desligar os outros sentidos, a meu ver menos importantes, e assim sendo, me permito apenas ficar pensando no meu amado, todo o tempo... Elvis e eu, cantando para ele.




Let It Be Me

God bless the day I found you
I want to stay around you
And so I beg you
Let it be me

Don’t take this heaven from one
If you must cling to someone
Now and forever
Let it be me

Each time we meet love
I find complete love
Without your sweet love
Tell me, what would life be?

So never leave me lonely
Tell me you love me only
And that you’ll always
Let it be me


domingo, 13 de março de 2011

Pão recheado de banana

Eu tenho tanto assunto para tratar que acabo me esquecendo que este blog também foi feito com a intenção de mostrar às pessoas que as comidas vegetarianas, sem carne e sem ovos (no meu caso) são deliciosas, ao contrário do que pensam alguns mal informados! Para provar o que estou dizendo, deixo a todos uma receitinha bem boa para fazer no domingo, perfeita para ser acompanhada por um copo de suco ou uma xícara de café bem quentinho - descafeinado é claro!


massa

3 e 1/2 xícaras (chá) de farinha de trigo
1/2 xícara (chá) de farinha de trigo integral
1 colher (chá) de sal
1 xícara (chá) de leite
1 tablete (15g) de fermento biológico
1/2 xícara (chá) de açúcar mascavo
5 colheres (sopa) de manteiga


recheio

3 bananas-nanicas grandes picadas em rodelas
2 colheres (sopa) de suco de limão
1/2 xícara (chá) de uva passa

Modo de Preparo:
Massa: peneire os dois tipos de farinha com o sal e reserve. Numa panela, amorne o leite. Despeje-o numa tigela, junte o fermento biológico e o açúcar e misture até dissolver o fermento. Junte 1 xícara (chá) de farinha de trigo e misture até ficar homogêneo. Cubra a tigela com o filme plástico e deixe descansar, em local aquecido, por 40 minutos, ou até dobrar de volume. Em seguida, adicione 4 colheres (sopa) de manteiga amolecida e misture. Incorpore, aos poucos, o restante da farinha de trigo, amassando bem. Transfira a massa para uma superfície enfarinhada e sove por 5 minutos, ou até ficar lisa, desgrudar das mãos e formar bolhas. Coloque a massa novamente na tigela e cubra com filme plástico. Deixe crescer, em local aquecido, por 40 minutos, ou até dobrar de volume. Recheio: coloque em uma tigela as bananas, regue-as com o suco de limão e deixe descansar por 10 minutos. Em seguida, escorra o suco de limão e reserve as bananas. Montagem: coloque a massa em uma superfície enfarinhada, abra-a com um cilindro no formato de um retângulo (38cm X 42cm) e distribua a banana e a uva passa. Enrole a massa como um rocambole e corte em rodelas de 6cm de largura. Com a manteiga restante, unte uma assadeira redonda com furo no meio de 25 cm de diâmetro e polvilhe farinha de trigo. Disponha as rodelas da massa uma do lado da outra, formando um círculo. Reserve. Bata rapidamente o ovo numa tigela e pincele a massa. Deixe crescer, em local aquecido, por mais 30 minutos. Cerca de 10 minutos antes de assar, ligue o forno à temperatura média. Leve o pão ao forno por 30 minutos, ou até assar e dourar.



Categoria:Torta, pizzas e pães
Cozinha: Brasileira
Temperatura: Frio
Dificuldade: Difícil
Tempo de preparo: 40min +1h50min de descanso + o tempo de forno
Rendimento: 12 fatia











quarta-feira, 9 de março de 2011

A devastadora solidão de se viver em grupo.

Ora essa, agora não falta mais nada! Para quem ainda tem alguma dúvida de que a sociedade está doente, PARE e LEIA.

Dia destes os jornais noticiaram a patética festa de casamento do filho mais velho da patética família real britânica. Não bastasse isso já ser um absurdo por si só – existir rainha e príncipe no século 21 – ainda tem toda a estória da cerimônia com convite folheado a ouro e blá, blá blá... Imagina! Em um mundo de miseráveis eles deveriam se preocupar em dar o exemplo da elegância sendo ecologicamente corretos e pregando, bem como praticando, o consumo consciente sem desperdício. E eu deveria ganhar o troféu de sonhadora do ano.

Mas não é tudo (parte 1): foram 1.900 convidados só para a igreja. Sim, é isso mesmo, eu não errei o número nem seu óculos deu tilt. A cafonice é algo! Destes 1.900, somente 300 poderão ir à janta/festa dos noivos – ai que vexame! Esbanjam por um lado, são pão duros por outro? Será que é isso? Lamento mas ninguém vai me convencer de que isso é chic, jamais.

Onde já se viu chamar alguém a uma cerimônia, fazer esse alguém gastar com o traje, gastar com o presente para o casal, gastar seu tempo ao sair de casa para ir à igreja e ... voltar para a casa meia hora depois?

Que horror! Se era para se exibir, por favor, fizessem por completo, ou então só chamassem os 300 para tudo oras! Que coisa mais feia.

Mas não é tudo (parte 2): na verdade, a mim nada interessa ficar sabendo disso tudo, quanto mais gastando meu latim com essa baboseira. Eu decidi escrever porque fiquei boquiaberta quando soube, através do mesmo jornal, que uma menina de 19 anos, cuja nacionalidade não me lembro, e francamente nem me importa (parece que é mexicana), estaria há 12 dias em greve de fome, dormindo em uma barraca na frente da embaixada britânica, para ver se convence a família real a dar-lhe um convite para o casamento. Juro por Deus!!! Eu ouvi sim! Agora me digam se não tem cara de piada ou pegadinha do Silvio Santos?

Onde e quando foi que as pessoas se perderam? Ou será que nunca se acharam na nossa ainda curta história aqui na Terra? Onde estarão os pais dela? Muitas perguntas, poucas respostas. Existem muitos exemplos de falta de amor próprio, de baixa auto-estima, auto-sacrifício como forma de pedir ajuda e inclusive desespero por chamar a atenção, que vão desde porres e micos inocentes, até seqüestros, homicídios e suicídios. Existem ainda inúmeras formas de se protestar por causas nobres, importantes e até mesmo essenciais. No entanto, este protesto ou tentativa de chamar a atenção, demonstrando tamanha falta de respeito consigo, em uma greve de fome por um motivo ridículo como a festa do príncipe, é de longe o mais vulgar, tosco e sem propósito que o valha que já tive a infelicidade de presenciar!

Enquanto centenas de pessoas morreram no Egito para libertar o país de um tirano ditador, outras centenas de pessoas morreram na Líbia pelo mesmo motivo, e milhares morrem de fome diariamente na África, na Cidade do México tem uma maluca correndo risco de morte por um raio de cerimônia, um mero ritual que não vai mudar em nada a vida de ninguém. Talvez a dela, para uma cova nem tão rasa, apenas a 7 palmos do chão, e em seguida para o Umbral dos suicidas.

Não sou a favor de nenhuma forma de violência, mas honestamente, morrer lutando contra a ditadura, contra algo que seja urgente, ou para salvar uma vida me parece até poético, digno, ao menos, e provavelmente esteja relacionado a um grande aprendizado para a humanidade que precisa perceber que o diálogo e a liberdade são nossa única salvação. Quanto à menina da greve de fome, não há nobreza alguma em seu gesto, ao contrário, há pobreza de razão. Há ainda, e isso é bastante importante de ser dito e discutido, um desespero que, sem dúvida é estimulado pela mídia, em se fazer presente ou ser parte de tudo, o que é humanamente impossível.

Tudo tem que virar reality show. Nossa vida sem ser notícia parece ter perdido o sentido. Ou estamos na rede ou somos das cavernas. Pertencer ao um grupo é preciso, viver não é preciso. Vale tudo para estarmos ‘antenados’. Tudo, até dar cabo da própria vida contanto que vire febre no you tube. Afinal, o que falta nessas pessoas? Eu arrisco dizer que falta desejo por si mesmas, vontade de se conhecer, sonhos reais e alcançáveis, paixão pela vida, busca por realização espiritual, muita bagagem político-social, isso só para começar.

Estas últimas gerações são de longe as mais despolitizadas e alienadas de que se tem notícia. Outro dia li um livro que falava justamente sobre isso, coisa que eu digo e repito há anos. Vivem apenas para satisfazer suas próprias necessidades. O outro? Quem? Nem sabem do que se trata. Inteligência emocional, resiliência, autoconfiança e paciência são somente palavras cujo significado muitos desconhecem. E se desconhecem a razão da própria vida, qual o sentido de estarem aqui? Nenhum, apenas consumir tudo, incluindo as outras pessoas, uma vez que tudo tem que ser para ontem, na velocidade de um clic. O casamento do príncipe nada mais é que a desculpa neste momento. Em outra ocasião surgirão novas idéias de auto-punição, humilhação e degradação pública. E onde ou quando vai parar? Também adoraria saber. Que esperança! Tem tanta coisa para fazer em tão pouco tempo antes que tantas vidas se percam de forma estúpida. E a caminhada é tão longa...
Imagem: Gerson Turelly