São tantos temas para serem
discutidos e pensados que talvez um blog seja pouco... este, sobre o qual me
debruço agora eu considero muito importante porque trata-se de uma questão
cotidiana, extremamente recorrente, bem comum mesmo que é a traição. Longe de me ater às explicações simplistas ou apenas aquelas dadas por um único ponto de vista, acredito que a traição é uma questão complexa, tanto quanto complexo é o ser humano!
Quando estamos prestes a
reencarnar e temos a possibilidade de escolhermos a forma como vamos expiar
nosso carma, os meios pelos quais faremos nossos aprendizados, muitas vezes
fazemos escolhas difíceis, crentes que ao chegarmos aqui iremos lembrar-nos do
compromisso assumido e que tudo vai ser simples... mas não é bem assim.
Sim, errar faz parte de nossa
natureza, definitivamente não somos perfeitos, mas também não é bem verdade
aquela afirmação que ouço seguidamente: “eu nasci assim, sou assim e vou morrer
assim!”
Nascer com problemas e
dificuldades eu compreendo, quem de nós não tem provas a cumprir? Porém aceitar com naturalidade que não há
jeito de mudar é uma questão séria demais para ser dita em tom de brincadeira!
Nossa obrigação aqui na
encarnação atual não é justamente a busca da evolução espiritual? A busca da
iluminação? Não é a ideia principal que a gente se liberte das amarras do
passado e nos preparemos para enfrentar a vida sem mágoas, rancores, ódios e
sim como amor, esperança, fé, serenidade? O que fizermos de nossa existência
será feito do planeta, por isso somos co-responsáveis por tudo que há de ruim
acontecendo no mundo quando emitimos pensamentos negativos ou temos atitudes
negativas.
Não há ação sem reação!
Onde entra a traição? Neste
instante: quando nos apaixonamos por alguém e assumimos com esta pessoa – nossa
irmã de jornada espiritual – um compromisso, seja namoro, casamento, união
estável, enfim, devemos honrar este compromisso assim como deveríamos honrar as
promessas e compromissos que assumimos ao encarnarmos. É a mesma coisa! Somos
co-responsáveis pela vida desta pessoa também. Há um envolvimento espiritual e
energético muito poderoso aí! Bem ao contrário do que se pensa o sexo de carnal
não tem nada, é energia pura, densa, que mantém espíritos ligados por
sucessivas vidas de forma positiva ou extremamente negativa. Que dizer então da
paixão e do amor? Verdadeiras redes de conexões energéticas para o bem ou mal,
nos aprisionando a outrem ou nos ligando com as forças astrais superiores. Só
depende de como agimos.
Devemos agir com seriedade em
todos os aspectos. A mesma seriedade que temos em nosso trabalho, com os nossos
filhos, com nossos pais e irmãos daqui. Não há diferença. Prometemos nos
momentos de felicidade cuidar, respeitar, amar... mas basta qualquer coisa dar
errado, ou de repente a percepção de que aquele relacionamento não é o que a
pessoa queria de verdade e pronto, ela vai em busca de outro que preencha seu
vazio existencial!
Afirmo com todas as letras e sem
medo de errar que não há droga, bebida, cigarro, aventura sexual, etc, que trate
o vazio existencial de quem não sente verdadeiramente a presença de DEUS no
âmago do coração. A presença do EU SOU está lá, sempre esteve, mas nós
esquecemos de nossa natureza divina e caímos na farra, na busca desenfreada dos
prazeres mundanos e fáceis de encontrar, por que por incrível que possa parecer
é mais fácil enxergar um ponto cinza do meio da rua que a chama divina dentro
de cada um de nós.
Fugimos de nos encontrar de tal
maneira que somos capazes de passar uma encarnação inteira sem nos conhecermos,
sem saber até onde vão nossas limitações e capacidades, sem saber como e por
que nos apaixonamos, e por que deixamos de nos apaixonar. Sem perceber o que
mais nos incomoda no parceiro e por que, e também não lembramos que os defeitos
do outro geralmente são nosso espelho, uma boa oportunidade para nos
enxergarmos e corrigirmos nosso comportamento.
Fugimos de saber o que realmente
amamos fazer na vida, de saber o que mais nos faz felizes... sequer nos
permitimos parar para uma breve reflexão, sempre com a desculpa de não termos
tempo.
E se não encontramos tempo para
nós, quando e como encontraremos tempo para cuidar do outro? Ninguém ama alguém
se não se ama, não respeita outro alguém se não se respeita, e assim vai!
Trair se tornou tão corriqueiro
que há muitas pessoas traindo sem terem ao menos desculpa de problemas no
relacionamento. Esta fuga da realidade inclusive gerou um comércio que insiste
em existir desde antes o Mestre Jesus ter renascido aqui.
Como disse antes, a cada ação
uma reação! Por que há quem trai, há quem se vende, há quem agencie, há o
estabelecimento que venda a bebida e as drogas... uma cadeia de ações gerando carmas
individuais e coletivos...
E o que dizer dos que traem por
que se apaixonaram por outro alguém? Bem melhor do que procurar sexo em lugares
de baixíssimo padrão vibratório, mas ainda assim, por que não sentar e conversar
com a pessoa com quem se assumiu compromisso?
Por que julgamos tão difícil olhar
nos olhos e admitir que ficamos confusos, que os sentimentos estão
embaralhados, que tem um outro alguém que mudou algo dentro de nós? Que medo
enorme é esse temos de nos abrir, de sermos honestos com a gente e com o outro?
Que pavor de nos mostrarmos frágeis e assumirmos as fraquezas e os defeitos?
Nessa hora eu vejo a humanidade
como um grupo de crianças que acreditam que já são adultas por que aprenderam a
segurar o próprio garfo e entraram para a escola!
Não há curso superior, trabalho,
profissão, dinheiro, status e qualquer outra coisa que garanta a maturidade do
indivíduo, é a forma como ele se relaciona, como lida com seus sentimentos, com
suas emoções, é pela forma como trata o outro, é de acordo com o respeito que demonstra
pelos sentimentos alheios, pelas frustrações
e dificuldades do outro.
Quem trai, trai a si mesmo! Trai
sua gigantesca necessidade de se tornar humilde, de não mentir, não enganar. Trai
sua capacidade de amadurecer e assumir os erros, trai a confiança do outro e de
si mesmo, trai os princípios universais da grande Lei deixada pelo nosso amado
Mestre Jesus “AMAI AO PRÓXIMO COMO A SI MESMO”.
Só esta Lei resume tudo. Não devemos jamais fazer ao outro o que não
gostaríamos que fizessem conosco!
É muito mais simples do que
parece – é uma questão de escolha de vida e de determinação em seguir o caminho
do bem.
Quem trai, trai à sua natureza
divina, ao seu plano divino organizado antes da encarnação, trai os
compromissos assumidos com o plano astral e trai a sua própria consciência, que
é quem vai ditar as provas e expiações das próximas encarnações, por que nós
mesmos, através de nossas atitudes, é que vamos de encontro aos problemas e
dores de cabeça tão conhecidos daqui da Terra, afinal, como também disse o
Grande Mestre: “A CADA UM CONFORME SUA OBRA!”
Pense bem na obra que você está
construindo por aqui... ela vai te acompanhar nesta em outras encarnações, não
tenha dúvidas! Sempre há tempo de pensar, de escolher, de refletir. Lembre-se
sempre das palavras do Mestre e a verdade surgirá, iluminando os breus que
ainda nos faltam entender e aceitar, para darmos início a nossa reforma íntima,
tão urgente e tão negligenciada!
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